sexta-feira, 29 de agosto de 2008

AS POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES DO USO DO COMPUTADOR NA PRÁTICA PEDAGÓGICA, COMO RECURSO DIDÁTICO

O computador deve ser usado na prática pedagógica como um recurso didático inserido no contexto de construção do conhecimento, assim como os demais recursos, cumprindo o seu papel de facilitar o processo ensino-aprendizagem.

Porém, a simples presença de computadores na Escola não é suficiente para assegurar melhorias no ensino e na aprendizagem sem o auxílio de um software educacional de qualidade e de profissionais preparados tecnológica e pedagogicamente para a utilização dos mesmos.

Entenda-se por educacional todo software que tem como meta apoiar o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes, sendo utilizado para auxiliar e conduzir a construção dos conhecimentos. Exemplos: sistemas tutoriais inteligentes, exercícios práticos, simulações interativas, jogos educativos, editores de texto, planilhas de cálculo, apresentadores de slides, programas gráficos, hipermídia interativa, etc.

Para que o computador possa ser utilizado como um recurso didático, é preciso saber explorar suas potencialidades e saber criar ambientes que enfatizem a aprendizagem. Se bem utilizado, tal recurso possibilitará um maior desenvolvimento da capacidade cognitiva e um rompimento da relação vertical entre alunos e professores da sala de aula tradicional, fazendo do aprendizado uma experiência mais cooperativa.

O computador se apresenta como um recurso que tem utilidades especiais permitindo níveis de apresentação simbólica ainda não oferecidos por outras ferramentas no que diz respeito a capacidade de simular problemas e situações (realidade virtual na educação – interação com outros recursos). Seu uso não se justifica pela rapidez no processo de aquisição de informações que ele possibilita, mas sim por ser um facilitador no processo ensino-aprendizagem.

O papel do computador – ao invés de “automatizar o ensino” ou somente preparar o aluno para saber trabalhar com o computador – é o de auxiliar a provocar mudanças pedagógicas profundas. O professor deverá aprender a explorar as potencialidades do computador e saber criar ambientes que propiciem a aprendizagem.

O problema que se apresenta para a maioria dos professores que durante sua formação não tiveram nenhuma experiência com o computador e tampouco o utiliza nas atividades que desenvolve, é, portanto, entender como o computador pode ser útil na sua vida e saber orientar-se na escolha responsável de seu uso.

Novas modalidades de uso do computador na educação apontaram para novas direções, não como “máquina de ensinar”, mas como uma ferramenta educacional, de apoio, aperfeiçoamento e possível melhoria na qualidade do ensino.

PARA ONDE CAMINHAMOS NA EDUCAÇÃO?

José Manuel Moran (integrante do Fórum de Líderes Educacionais da Microsoft; professor aposentado de Novas Tecnologias da Universidade de São Paulo; avaliador de cursos à distância pelo Ministério da Educação e coordenador acadêmico da Faculdade Sumaré de São Paulo) nos alerta para o fato de que as tecnologias começam separadas e caminham na direção da convergência, da integração, dos equipamentos multifuncionais que agregam valor. Não basta ter um celular que sirva somente para fazer ligações telefônicas. Ele precisa ter, no mínimo, câmera digital e acesso à internet! Isso sem falar nos acesso a rádio, TV e outros serviços, tudo na palma da sua mão, onde quer que você esteja!

Se estas tecnologias, convergentes e combinadas, modificam profundamente todas as dimensões da nossa vida, a Educação não pode ficar alheia a toda esta evolução! Com o advento da internet e a propagação ilimitada de informações, a Escola deixou de ser a única fonte de conhecimento formal; a possibilidade de realizar atividades ou tarefas sem necessariamente ir a uma determinada Escola vem quebrar as barreiras da territorialidade e da temporalidade, possibilitando que alunos de diversas localidades possam, a qualquer tempo, acessar conteúdos e realizar atividades, sem deixar de interagir – virtualmente – com seus colegas e professores.

De acordo com este autor, as redes estão começando a provocar mudanças profundas na educação presencial e à distância. Na presencial, desenraizam o conceito de ensino-aprendizagem localizado e temporário. Podemos aprender desde vários lugares, ao mesmo tempo, on e off line, juntos e separados. Como nos bancos, temos nossa agência (escola) que é nosso ponto de referência; só que agora não precisamos ir até lá o tempo todo para poder aprender. As redes também estão provocando mudanças profundas na educação à distância. Antes a EAD era uma atividade muito solitária e exigia muita auto-disciplina. Agora, com as redes, a EAD continua como uma atividade individual, combinada com a possibilidade de comunicação instantânea, de criar grupos de aprendizagem, integrando a aprendizagem pessoal com a grupal.A educação presencial está incorporando tecnologias, funções, atividades que eram típicas da educação à distância, e a EAD está descobrindo que pode ensinar de forma menos individualista, mantendo um equilíbrio entre a flexibilidade e a interação.

Neste contexto, a educação está passando por um momento de questionamentos e transformação. De acordo com Moran, será mais complexa porque cada vez sai mais do espaço físico da sala de aula para ocupar muitos espaços presenciais, virtuais e profissionais; porque sai da figura do professor como centro da informação para incorporar novos papéis como os de mediador, de facilitador, de gestor, de mobilizador. Sai do aluno individual para incorporar o conceito de aprendizagem colaborativa, de que aprendemos também juntos, de que participamos de e contribuímos para uma inteligência cada vez mais coletiva.

Sabemos que o custo referente ao acesso a estas tecnologias ainda é muito alto para a maior parte da população, porém, isso não justifica o fato de muitos educadores não buscarem atualizar-se no uso destes novos recursos educacionais. De nada adiante ter computadores na Escola se destes não for feito uso adequado e produtivo!

A resistência às mudanças sempre existiu e continuará a existir. Os modelos de ensino centrados no professor continuam predominando, apesar das tecnologias e dos avanços teóricos na aprendizagem. Restará, a cada um de nós, lutar para que não se reproduza no ensino virtual a centralização no conteúdo e no professor que acontece no ensino presencial.

DO SONHO AOS ARES...

Assistindo ao vídeo "Do sonho aos ares", que mostra o esforço de Santos Dumont para construir um aparelho que permitisse ao homem voar, podemos perceber o quanto a determinação de um sonhador pode mudar a vida de toda a humanidade!

Somente ter um sonho não é o suficiente para realizá-lo... É preciso, dentre outras coisas, muito estudo, dedicação, comprometimento, persistência, resiliência!

Quantas vezes Santos Dumont não teve o êxito esperado em suas experiências? Será que pensou em desistir? Quantas pessoas devem ter chamado este gênio de louco, sonhador, idealista?

Assim como Santos Dumont, com o avião (e com o relógio de pulso, também sua criação), muitos outros inventores impulsionaram a evolução tecnológica: Graham Bell criou o elefone; Thomas Edison, a Lâmpada Elétrica e Albert Einstein, a Teoria da Relatividade - todos estes antes de Santos Dumont criar o avião.

Imagine que o automóvel movido a motor foi criado por Henry Ford dois anos depois de Santos Dumont ter criado o avião motorizado!

É lamentável que algumas "invenções" não sejam utilizadas somente para o bem da humanidade: a bomba atômica, por exemplo...

Eis mais uma invenção que revolucionou: o computador! Alguns dirão: isto é muito recente! Não é, não! O primeiro computador foi construído em 1946, por John Mauchly e John Eckart Jr, chamava-se ENIAC.

O código de barras, sim! Este deve ser muito recente! Não, não, não! Foi criado em 1952, por Joseph Woodland e Bernard Silver.

Criados por uma necessidade, ou simplesmente pelo sonho de alguém que pensava um pouco além, o que interessa é que toda nova invenção aguça a curiosodade de todos nós!
Se neste momento você pode ler, de qualquer parte do mundo, o que acabo de escrever, deve-se isto a invenção da Internet. E você sabe como surgiu a Internet! E você sabe como ela surgiu???

A Internet nasceu praticamente sem querer. Foi desenvolvida nos tempos remotos da Guerra Fria com o nome de ArphaNet para manter a comunicação das bases militares dos Estados Unidos, mesmo que o Pentágono fosse riscado do mapa por um ataque nuclear.

Quando a ameaça da Guerra Fria passou, ArphaNet tornou-se tão inútil que os militares já não a consideravam tão importante para mantê-la sob a sua guarda. Foi assim permitido o acesso aos cientistas que, mais tarde, cederam a rede para as universidades as quais, sucessivamente, passaram-na para as universidades de outros países, permitindo que pesquisadores domésticos a acessarem, até que mais de 5 milhões de pessoas já estavam conectadas com a rede e, para cada nascimento, mais 4 se conectavam com a imensa teia da comunicação mundial.

Nos dias de hoje, não é mais um luxo ou simples questão de opção uma pessoa utilizar e dominar o manuseio e serviços disponíveis na Internet, pois é considerada o maior sistema de comunicação desenvolvido pelo homem.

Com o surgimento da World Wide Web, esse meio foi enriquecido. O conteúdo da rede ficou mais atraente com a possibilidade de incorporar imagens e sons. Um novo sistema de localização de arquivos criou um ambiente em que cada informação tem um endereço único e pode ser encontrada por qualquer usuário da rede.

Em síntese, a Internet é um conjunto de redes de computadores interligadas que tem em comum um conjunto de protocolos e serviços, de uma forma que os usuários conectados possam usufruir de serviços de informação e comunicação de alcance mundial.

E viva a criatividade e a curiosodade que promovem a inovação, a evolução e o progresso!!!